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Arquivos da Tag: Chico Buarque

Trivial do fim de semana… Vitrines do velho Chico

05 sábado nov 2011

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Chico Buarque, cultura, música, MPB, vitrines

Chico Buarque é mais gravado que Roberto Carlos e Caetano Veloso

17 sexta-feira jun 2011

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Caetano Veloso, Chico Buarque, cultura, Erasmo Carlos, música, MPB, Roberto Carlos

Composição mais regravada do músico, “Gente Humilde”, bate “Emoções” e “Sampa”

Direto do IG

Nem “A Banda” nem “Apesar de Você”, muito menos “Olhos nos Olhos” ou “Vai Passar”. A música mais regravada de Chico Buarque é “Gente Humilde”, parceria do músico com Vinicius de Moraes e Garoto composta em 1970. Segundo um levantamento feito pelo Ecad (Escritório Central de Distribuição e Arrecadação), a música tem 126 gravações. Deixou para trás composições como “Anos Dourados” (segundo lugar, com 70 gravações) e “Retrato em Branco e Preto” (terceira posição, com 64 gravações).

O levantamento comprova também que, no quesito regravações, Chico Buarque deixa para trás até Roberto Carlos. A primeira colocada do Rei, “Emoções”, foi regravada 57 vezes. Caetano Veloso também fica atrás de Chico Buarque: sua campeã, “Sampa”, tem 55 regravações. Roberto Carlos, no entanto, ganha no quesito arrecadação: segundo o Ecad, ele e seu parceiro Erasmo Carlos são os compositores que mais arrecadaram com direitos autorais nos últimos dez anos.

Segundo a assessoria do Ecad, não existe um ranking com as músicas mais regravadas do Brasil que inclua todos os autores. O levantamento das obras desses três compositores foi feito a pedido do iG. Veja abaixo a relação das dez músicas mais regravadas de Chico Buarque, Roberto Carlos e Caetano Veloso:

Chico Buarque
01. “Gente Humilde” (126 gravações)
02. “Anos Dourados” (70 gravações)
03. “Retrato em Branco e Preto” (64 gravações)
04. “Beatriz” (59 gravações)
05. “Carolina” (51 gravações)
06. “Quem Te Viu, Quem Te Vê” (45 gravações)
07. “O Cio da Terra” (43 gravações)
08. “Todo Sentimento” (43 gravações)
09. “A Banda” (43 gravações)
10. “Sabiá” (42 gravações)

Roberto Carlos
01. “Emoções” (57 gravações)
02. “Como É Grande o Meu Amor por Você” (43 gravações)
03. “Sentado À Beira do Caminho” (35 gravações)
04. “Detalhes” (34 gravações)
05. “Se Você Pensa” (29 gravações)
06. “Quero que Tudo Vá Para o Inferno” (28 gravações)
07. “De Tanto Amor” (27 gravações)
08. “Jesus Cristo” (27 gravações)
09. “Proposta” (27 gravações)
10. “Olha” (26 gravações)

Caetano Veloso
01. “Sampa” (55 gravações)
02. “Você É Linda” (49 gravações)
03. “A Rã” (42 gravações)
04. “Luz do Sol” (36 gravações)
05. “Força Estranha” (35 gravações)
06. “Baby” (31 gravações)
07. “Coração Vagabundo” (27 gravações)
08. “Paula e Bebeto” (25 gravações)
09. “Desde Que o Samba É Samba” (23 gravações)
10. “Menino do Rio” (22 gravações)

Que eu quero saber o seu jogo (…) Que eu quero me arder no seu fogo…

20 domingo mar 2011

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Chico Buarque, cultura, frevos, marchinas, música, Nara Leão, Noel Rosa, noites dos mascarados, pierrot apaixonado

O carnaval passou… Sou das antigas e por isso no período de carnaval escuto marchinhas, frevos e trios elétricos baianos… Mas tem uma marchinha que  eu adoro, do Noel Rosa (um pierrot apaixonado…). É uma canção triste feita para uma festa alegre. Esse aspecto também está presente na marchinha do Chico Buarque, “noites dos mascarados”. Chico sugere uma deliciosa incompletude… a tensão nunca resolvida entre revelação e ocultação. Tudo entra no jogo: desejo, amor, identidade… O rosto, a máscara. A busca da coisa rápida… ou o gosto pela eternidade. A pergunta de partida é: Quem é você?

Quem é você?
Adivinhe, se gosta de mim
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
Quem é você, diga logo
Que eu quero saber o seu jogo
Que eu quero morrer no seu bloco
Que eu quero me arder no seu fogo
(…)

Marina de La Riva: fusão de Cuba e Nordeste do Brasil

18 sexta-feira mar 2011

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Brasil, BraXote das meninas, Chano Pozo, Chico Buarque, Cuba, Davi Morais, Gil Fuller, La Caminadora, Luis Gonzaga, Marina de La Riva, Nordeste, Tin tin deo, Zé Dantas

O nome dessa cantora é Marina de La Riva; filha de mãe brasileira e pai cubano. Essa mistura dá um caldo bom demais da conta. Descobri a menina por acaso, num domingo desses dando uma olhada na Tv. As músicas cantadas por Marina é uma colagem, fusão das cidades do Rio e Havana como base para um imaginário criativo das lembranças da moça.

Descobri que o cd foi gravado em 2004 e tem participações de Davi Moraes e Chico Buarque. Tem preciosidades como: Xote das Meninas de Luiz Gonzaga e Zé Dantas (de 1953) e Tin Tin deo, dos cubanos Gil Fuller e Chano Pozo (Esses dois caras introduziram os ritmos latinos no Jazz). Isso aí é só um resumo do álbum da moça que tá bom demais. Dêem uma espiada sem compromisso no vídeo abaixo. Só mais uma coisinha: o último vídeo Chico Buarque, junto com ela e artistas cubanos, em Havana. A canção é “La caminadora”

Noel e Chico

18 sexta-feira mar 2011

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Caetano Veloso, Carolina, Chico Buarque, Construção, filosofia, Geni e Zepelim, Noel Rosa, Orquestra Imperial, pela primeira vez, Pra que mentir, quantos beijos, Rodrigo Amarante, Ultimo desejo, Vila Isabel

As músicas do Noel são de uma simplicidade poética, de uma sutileza que parecem ser de anos recentes. Sempre achei que elas fossem irmãs das composições do Chico.  Nem quero discutir mérito, coisa alguma. Bem, Noel e Francisco Buarque estão ali bem empareados em minhas referencias. Sou do tempo do rádio AM em que se ouvia do Bolero de Ravel à Orlando Silva, passando por Chico, Gil, Mutantes, Reginaldo Rossi, Luis Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Noel, Nelson Cavaquinho, Bartô Galeno, Teixeirinha e Waldick Soriano…  Mas voltando ao assunto, Chico é o maior letrista desde Noel Rosa. Noel de Vila Isabel fez: “Três Apitos, Conversa de Botequim, O Orvalho vem Caindo… Já o Chico fez Januária, Carolina, Rita, Beatriz, Juca, Apesar de Você. Claro que guardadas as devidas proporções, como diz uma amiga minha, as letras do Chico têm formas mais complexas que as de Noel, pela sua formação, pela vida que sempre levou. O estilo de Noel talvez o levasse a compor “Carolina”, Januária… Mas “Construção, Geni e Zepelim, talvez não.

Noel tinha espantosa fluência verbal fazia tudo parecer muito fácil. Sua vida boêmia e seus desenganos amorosos lhe deram uma percepção amarga das coisas que se vê em “Último desejo”, “Pra que mentir”, “Filosofia”, “Quantos beijos”… Diz-se dele (como de tantos compositores do samba) que compunha batucando na mesa do botequim, rabiscando em guardanapos, esperando o bonde. Fazia música de ocasião, atendendo à provocação de um amigo, ou estimulado pela melodia nova que o parceiro acabava de dedilhar ao violão.

Abaixo, o Rodrigo Amarante  e Orquestra Imperial,  canta um clássico do Noel, “Pela primeira vez”. No segundo vídeo Caetano canta “Carolina”, do velho Francisco Buarque.


 

Para o Brasil seguir mudando

30 sábado out 2010

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13, alceu valença, Antonio Grassi, artistas, Ator, Atrizes, Bemvindo Siqueira, Brasil Melhor, Chico Buarque, Chico César, Cristina Pereira, cultura, dilma, eleições 2011, Fernando Morais, Geraldo Azevedo, intelectuais, Lia de Itamaracá, Lula, Margarth Meneses, Marilena Chauí, pt, Rosemary, seguir mudando, Zé de Abreu

Numa campanha eleitoral algumas questões centrais precisam ser respondidas.  Entre elas estão: que políticas foram exitosas; quais as que necessitam de retoque e quais as que devem excluídas. Aí algumas questões que o candidato tem que saber.

A outra coisa é o que os candidatos chamam prá si… Eles chamam certas competências, atributos: honestidade, experiência, competência, carisma, cristão…

Quando a gente olha para a campanha de presidente entre Dilma e Serra se percebe que o tom adotado pelo Serra faz parte de estratégia de campanha. Ora, com um governo avaliado em 78%; e a figura do presidente Lula com 85% de aprovação… O candidato do PSDB escolheu o elogio ao governo.. Não faz crítica mas diz que muita coisa ainda está por ser feita… só assim os brasileiros têm motivos para comemorar.

Só que o que rege a cabeça do homem é a racionalidade; a racionalidade do eleitor é que se coloca na contramão do que pretende Serra. Por que? Porque o governo Lula é muito bem avaliado, as políticas de seu governo também. Assim, o termo de comparação utilizado pelo votante comum é a sua vida, antes e depois do que ocorreu ao longo dos dois mandatos de Lula, sobretudo do último, período durante o qual Dilma Rousseff esteve à frente dos principais projetos do governo. Por tudo isso e muito mais é que muita gente diz que quem sabe seguir adiante, levando essa locomotiva que é Brasil de hoje  com as políticas sociais, distribuição de renda e erradicação da pobreza é Dilma. Dessa forma, no dia da eleição o eleitor tomará uma decisão acertada, consciente… e vai votar na mulher 13, assim como os amigos que listo abaixo:

A criançada que se alimenta de Luz no Brejo da Cruz e o Bolsa Família

29 sexta-feira out 2010

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Bolsa Família, Brejo da Cruz, briza, Chico Buarque, Crak, cultura, droga, Fome, INSS, Luz Para Todos, música, Merenda, pobreza, poesia, Políticas Púlblicas, Políticas Sociais, Pronaf, samba, saude pública, Transferencia de Renda, Transporte Escolar, Vento

“A novidade lá no Brejo da Cruz é a criançada se alimentar de luz”. Esse verso é da canção “Brejo da Cruz” do velho Chico Buarque. Ele nos remete à ficção científica. Mas é possível comer luz? Olha, é possível plantas se alimentarem de luz… Nós, seres humanos, necessitamos da luz do sol para não ficarmos igual a uma vela branca, etc.

Mas, e a gente come luz? Bem, a criançada come luz quando não tem nada para engolir. Outro dia um sertanejo, numa entrevista, perguntado sobre o que comiam diante da forte seca que assolava sua região, disse: “A gente come vento”. Comer vento é sobreviver. Nessas alturas, se ele conseguir respirar, já fica alimentado. Isso lembra a famosa sextilha de Pinto do Monteiro: “Mas eu sou como lacrau / que do lixo se aproxima / e passa cinco ou seis meses / se alimentando do clima / esperando que a vítima / chegue e ponha o pé em cima!”

A boa nova é que no sertão o vento não é mais alimento para criançada. Hoje, o cenário é outro. Os programas de transferências de renda mudaram a vida dos que vivem no semi-árido. A Bolsa família, a Previdência Social, o Pronaf, o Luz Para Todos, as Cisternas, a Merenda e oTransporte Escolar trouxeram dignidade e mudaram a paisagem do sertão.

No entanto, nas grandes cidades, a criançada continua a se alimentar, mais ainda, de vento. E tanto faz, cidades pequenas como grandes. A criançada se alimenta de crak e vento. São esses novos agregados, criança e adolescentes, que passam a viver nos espaços urbanos, em ruas e vielas das cidades brasileiras, agravando assim o grave problema social. Dessa vez, não mais da fome, mas de saúde pública.

Leonardo Boff e Chico Buarque – Ação Política

19 terça-feira out 2010

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13, artistas, atores, campanha 2010, cantores, Chico Buarque, cultura, dilma, Eleições 2010, escritories, intelectuais, Leonardo Boff, mulher vota em mulher, pt, RJ

Encontro de intelectuais, artistas, atores, escritores.. No Rio de Janeiro.

Trivial do sábado: Wilson Das Neves

09 sábado out 2010

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arte, Bina Coquert on guitar, Celso de Almeida, Chico Buarque, cultura, Ehud Asherie on organ B3, Fred Prince on percussion, Grande Hotel, música, O samba é meu dom, Wilson Das Neves

Leite Derramado, por Chico Buarque

09 sábado out 2010

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Chico Buarque, cultura, Leite Derramada, literatura, livro, Sergio Buarque de Hollanda, Velho Francisco

 

 

 

 

Aos 65 anos, Chico Buarque, compositor e escritor brasileiro ainda provoca um verdadeiro frenesi nas mulheres, rs. Seu último romance tem como cenário a história do Brasil… É um romance curtinho, chama-se “Leite Derramado”. É um livro sobre um tempo distante… década de 20. É a história de um velho de 100 anos com uma memória remota (lembra a canção do “Velho Francisco”). Não é um romance histórico, mas uma narrativa de um homem centenário que guarda memórias até dos seus pais. Vai do Brasil império até o Brasil colônia.

Na verdade, são reminiscências, lembranças claras de coisas que se passaram em 1950. Quando mais velho a gente fica, mais intimidades têm com passado. O pai de Chico era o historiador Sérgio Buarque de Hollanda, e isso trás muitas lembranças de família e de outros tempos.

A lembrança paterna: “Debaixo do chuveiro eu agora me olhava quase com medo, imaginando em corpo toda a força e insaciedade do meu pai. Olhando meu corpo, tive a sensação de possuir um desejo potente equivalente ao dele, por todas as fêmeas do mundo, porém concentrado numa só mulher”

Seu título tem sua passagem na metade do livro onde, divagando ou não, o velho vê Matilde derramando leite materno na pia do banheiro, ou ainda, em outra parte do livro, roubando do dito popular o ditado: “Não adianta chorar sobre o leite derramado”. O velho, no final de sua vida, percebe (mas não confessa) que de tudo que possuía (desde o nome de família), nada lhe sobrava.

Pois bem, Chico Buarque procurou refazer assim uma história do Brasil vista por um sujeito da elite e já decadente, ainda obcecado pela mulher, retratada por ele apenas como objeto de um desejo físico. Aos poucos, vai emergindo como vítima do ciúme e dos próprios preconceitos.

Trivial do fim do dia… Chico Buarque com Roberta Sá, e Martin’alia

08 sexta-feira out 2010

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Chico Buarque, cultura, Deixe a menina, Geraldo Pereira, Mabembe, Martinalia, música, poesia, Roberta Sá, Sem compromisso

O samba abaixo é do grande Geraldo Pereira – “Sem Compromisso”. Depois, uma música do próprio Chico Buarque, “Deixe a Menina”

Chico Buarque – O Meu Amor”

27 segunda-feira set 2010

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amar, Chico Buarque, música, o meu amor, poesia

Pelo Telefone – primeiro samba gravado

05 domingo set 2010

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Chico Buarque, cultura, donga, música, pelo telefone, pixinguiha, samba

“Pelo Telefone” foi o  primeiro samba  gravado no Brasil, criado no ano de 1916, pelo Donga e Mauro de Almeida. Esse samba marcou a saída do maxixe para a entrada do samba,  e o início das canções carnavalescas; e foi a partir da popularização do carnaval  que o samba começou a se fixar como gênero musical no Brasil.

Abaixo, cantam “pelo telefone”: Donga, Chico Buarque e Pixinguinha.

Recuperar o tempo perdido

30 domingo maio 2010

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Chico Buarque, cultura, Sergio Godinho.música, tempo perdido, um tempo que passou

Um tempo que passou – Chico Buarque e Sérgio Godinho

Brasil colorido com grandes partes cinzentas

28 sexta-feira maio 2010

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Chico Buarque, cultura, Geni

Trivial da quarta feira – João do Vale e Chico Buarque – Carcará

26 quarta-feira maio 2010

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carcará, cavalo do cão, Chico Buarque, cinema novo, cultura, graciliano Ramos, Joao do Vale, Nelson Pereira dos Santos, vidas secas, zé ramalho

A foto é do filme “Vidas Secas” (1963) do Nelson Pereira dos Santos, baseado na obra de Graciliano Ramos. Já o vídeo é do João do Vale que canta, de sua autoria, “carcará”. Ele canta com o Chico  Buarque – amigo que sempre o ajudou. Lembro-me que quando o João tava doente, o Chico reunião amigos, organizou um LP que reunião: Edu Lobo, Tom Jobim, João Bosco, Ednardo, Marinês, Alceu, Maria Bethania, Elba, Zé Ramalho, Quinteto Violado, entre outros, para ajudar o João. Mas o que eu quero dizer mesmo é que “carcará” e “vidas secas” retratam o sertanejo, o nordestino, que no dizer de Zé Ramalho, “… corriam nos anos trinta no Nordeste brasileiro… (…) atras do seu destino, condenado em suas terras, coronéis em pé de guerra, beatos e cangaceiros”…  Pois bem, vem na minha cabeça algumas das imagens da música e do livro. Mas, para ficar no livro, lembro da família do vaqueiro Fabiano, da cachorra Baleia, daquela gente miúda e esquálida vagando pela caatinga. Me vem a lembrança de um dos filhos docasal que pergunta à mãe o que seria Inferno e ela lhe responde: um lugar de muito fogo, de espeto quente… O menino, sem entender, olha para o sol, olha para a galharia das árvores secas, murmurando sonhador, especulativamente: “Inferno… espeto quente…”

Trocando em miúdos

23 sexta-feira out 2009

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Chico Buarque, Neruda, Trocando em miúdos

montes_de_livros
Trocando em Miúdos
Chico Buarque

Composição: Chico Buarque & Francis Hime

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu

Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças

Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter

Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu

Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.

Ai,ai,ai… “tanta saudade…”

20 terça-feira out 2009

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Chico Buarque, Djavan, tanta saudade

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Tanta Saudade
Chico Buarque e Djavan

Era tanta saudade
É, pra matar
Eu fiquei até doente
Eu fiquei até doente, menina
Se eu não mato a saudade
É, deixa estar
Saudade mata a gente
Saudade mata a gente, menina

Quis saber o que é o desejo
De onde ele vem
Fui até o centro da terra
E é mais além
Procurei uma saída
O amor não tem
Estava ficando louco
Louco, louco de querer bem

Quis chegar até o limite
De uma paixão
Baldear o oceano
Com a minha mão
Encontrar o sal da vida
E a solidão
Esgotar o apetite
Todo o apetite do coração

Mas voltou a saudade
É, pra ficar
Ai, eu encarei de frente
Ai, eu encarei de frente, menina
Se eu ficar na saudade
É, deixa estar
Saudade engole a gente
Saudade engole a gente, menina

Ai, amor, miragem minha, minha linha do horizonte, é monte atrás de monte, é
monte, a fonte nunca mais que seca
Ai, saudade, inda sou moço, aquele poço não tem fundo, é um mundo e dentro
um mundo e dentro um mundo e dentro é um mundo que me leva

Francisco Buarque de Hollanda

29 terça-feira set 2009

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Chico Buarque, Francisco Buarque, Holanda

chicobuarque64aninhos

João do Vale

22 sábado ago 2009

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Augusto Boal, Canto da ema, Chico Buarque, Djavan, Dorival Caymmi, EduLobo, Ferreira Gullar, forro forrado, Joao do Vale, Maranhão, MPB, Nara Leão, São Luis, Sergio Cabral, Zé Keti

Esse era o João do Vale

João Do Vale

Não sei identificar todos da foto, mas da esquerda para a direita está o Jornalista, pai do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, Zé Keti, Ferreira Gullar, João do Vale, a mulher e o homem fumando não sei… Depois, Algusto Boal e Edu Lobo. Quem souber que diga e me corrija.

Dorival Caymmi disse certa vez que a música de João do Vale tinha cheiro de barro, um traço selvagem e autêntico, qualidades só encontradas em compositores genuinamente populares como ele próprio.

A carreira de João do Vale é pontuada por três grandes momentos de notoriedade. No início dos anos 60 ele conhece Zé Ketti, que o leva para o mítico Zicartola [bar criado em 1963 por Cartola e sua mulher, Dona Zica], “dizendo que João do Vale tinha de cantar”, conta Paschoal. A participação no famoso bar lhe rende um convite para o show Opinião, realizado em dezembro de 1964 e sua segunda grande oportunidade. “Ele é escolhido para representar os nordestinos”, diz o biógrafo. “Zé Ketti seria o samba carioca e Nara Leão a burguesia, a Zona Sul do Rio. Aí ele fica famoso e grava seu próprio disco.”
Outro grande marco na carreira são os anos do Forró Forrado, que ele fazia no Rio de Janeiro convidando músicos para as famosas canjas. O lugar tornou-se um point da época e por quatro anos ininterruptos praticamente toda a MPB passou por lá. “Ele chamava as pessoas e todos iam”, lembra Paschoal. “Todo mundo gostava muito dele, ele era muito sedutor, no sentido de ser um sujeito com o qual não tinha tempo ruim, ele ajudava todo mundo.” Entre os apadrinhados que começaram a carreira no Forró Forrado está Djavan. E, entre os já grandes que soltaram a voz no seu palco, aparecem Chico Buarque e Edu Lobo.

“Os casos são um melhor que o outro”, conta o biógrafo. “Tem um que quem conta é Paulo César Pinheiro [músico e compositor presente na edição de outubro da Revista E com um depoimento], embora a MPB toda saiba que é de quando ele foi para Cuba, levado por Chico Buarque, em 1980”, continua Paschoal. “A alfândega cubana achou na bagagem dele umas quatro garrafas de Pitú, uma marca de pinga que tem um camarão, o tal pitu, no rótulo. João conseguiu convencer o funcionário da alfândega de que aquilo era suco de camarão. Ele até deixou uma garrafa do ‘suco’ para o homem.”
Outra dessas envolve o mesmo conhecido gosto de João do Vale pela bebida. Certa vez, em São Luís, João ficou incumbido de levar a cantora Miúcha e mais uns amigos para nadar em uma das praias da capital maranhense. A maré no local, quando seca, deixa um rastro de quilômetros e demora algumas horas para voltar. João sentou com o grupo num bar para esperar o mar “chegar” e, desnecessário seria dizer, pôs-se a beber para passar o tempo. Resultado: “Quando o mar chegou, três horas depois, já estava todo mundo bêbado”, diz Paschoal aos risos.
Mas João não era só engraçado. Tinha a música e a poesia mesmo nas veias. É o que revela outra passagem de sua vida, quando, num show no Espírito Santo, a luz da cidade na qual iria se apresentar foi cortada devido a uma briga política. João do Vale não se intimidou diante da adversidade. O músico acendeu uma vela e cantou assim mesmo.

Do Portal Sesc São Paulo

Mote

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  • Que maravilha é o amor…
  • Estado Teocrático
  • Trivial do fim do dia… Chico Buarque com Roberta Sá, e Martin’alia
  • Nobel de Literatura
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  • A natureza das coisas…
  • Soy loco por ti, América
  • Um fusca
  • Nome de carro
  • Mar português, por Fernando Pessoa
  • Sebastião Salgado – A fome em preto e branco
  • Bate o Mancá – por Silvério Pessoa
  • O fim e o Princípio, filme de Eduardo Coutinho – Uma memória do Sertão
  • A Cantoria e o Blues
  • As Rosas Não Falam – Cartola
  • O Eu do Poeta
  • Casi sin querer
  • Vida e Obra de Humberto Teixeira no Cinema – O homem que engarrafava nuvens
  • Chico Buarque – O Meu Amor”
  • Paulinho da Viola: “Meu mundo é hoje”
  • Amar… por Mário Quintana
  • Trivial da semana: Geraldo Azevedo, “Dona da Minha Cabeça”
  • Mário Quintana: o tempo…
  • Mart’nalia e Djavan cantam Molambo
  • Aniversário da Revolução Farroupilha
  • Morreu Moreno, um dos últimos cangaceiros de Lampião
  • Chico César e Maria Bethania – A Força Que Nunca Seca
  • A cantoria
  • Poeta popular: João Melchíades Ferreira
  • Jackson do Pandeiro
  • Pelo Telefone – primeiro samba gravado
  • J.Borges – cordelista, xilogravurista
  • O Umbuzeiro…. Imbú
  • Trivial do fim de semana – Maciel Melo, caboclo sonhador
  • Cururu, traço das variantes da música sertaneja de raiz
  • Paisagem do interior
  • Na garupa
  • Silvério Pessoa – bate o mancá
  • “Muita gente desconhece” João do Vale
  • Kara Veia na Bodega do Zé – maior vaqueiro aboiador do país.
  • Xangai na bodega do Zé
  • Maciel Melo na missa do poeta, PE
  • Aniversário da morte de Luiz Gonzaga – entrevista com Leda Nagle
  • Se tu quiser – Santana, o cantador
  • Pesquisa do Datafolha apura dados somente de quem tem TELEFONE
  • Vox Populi – quando filtra os questionários por telefone… Serra empata com Dilma
  • Matança – XANGAI
  • (sem título)
  • Dilma abre 8 pontos na frente de Serra (41% x 33%)
  • Dilma 43 X Serra 37, Nova pesquisa Vox Populi
  • Simplesmente, lindo…. a bodega Paraopeba
  • OLINDA – capital simbólica do Brasil
  • Paulo Moura & Heraldo do Monte e Arthur Moreiral Lima…. Naquele tempo…. o sapo era cururu
  • Pinto do Monteiro
  • Morgan Freeman: Lula colocou o Brasil no Mapa Mundi
  • Trovador de São José do Egito recita versos
  • A farinha – Djavan
  • Um índio…
  • A eleição pode ser decidida já no 1º turno
  • Raul Seixas – entrevistado por Nelson Mota
  • Dilma desmascara Folha de São Paulo. Pede provas do Dossiê inventado por Jornal
  • O jornalismo POSTE da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo
  • As enchentes no Nordeste – Lições ignoradas
  • ESQUECERAM DO SERRA

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